Otimismo!

No século XVII o filósofo e matemático alemão Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716), criou uma teoria que se chamava “otimismo”. Segundo Leibniz, Deus, com sua inteligência magnânima havia pensado sobre diversas possibilidades para o mundo antes de criá-lo. Então optou então por um mundo tão perfeito quanto fosse possível, com o máximo de bem e o mínimo de mal. E assim nasceu o nosso mundo.

Esse fato pitoresco, curioso e um tanto metafísico pode ser a razão pela qual as pessoas tendem a pensar que o otimista está fora da realidade, é um alienado, um sonhador, um alguém que não tem noção da gravidade dos fatos, da vida, do governo, das mazelas do nosso país e todos os obstáculos que enfrentamos. Todas essas coisas que nos fazem amargos e nos fazem crer que o otimista, é no fundo, um idiota.

No fim das contas o otimista às vezes se passa por idiota mesmo. Mas antes de atirarmos os pobres coitados em nossas fogueiras inquisitórias de revoltas, vamos dar uma olhada mais criteriosa nesta palavra: “Otimismo”. Segundo o Dicionário Aurélio (1999, Editora Nova Fronteira), há uma denominação para “otimismo” que se aplica muito bem aqui:

“Otimismo: Atitude em face dos problemas humanos ou sociais que consiste em considerá-los passíveis de uma solução global positiva, do que pode resultar uma atitude geral ativa e confiante”.

Então o otimista não é um cego alienado, que não vê os problemas. O Otimista reconhece os problemas, sabe que eles existem e é consciente que muitas vezes são até desanimadores. Mas ele procura encontrar uma solução. Ele tem ATITUDE diante dos problemas. Porque afinal, para tudo há solução. O otimista é aquele que busca.

Você acha possível buscar um caminho de otimização, sem ser um otimista?

Francamente é improvável uma resposta diferente de “não”. Porque trilhar um caminho de otimização e de melhorias, requer atitude, requer ação e outras coisas mais. Ao buscar mudança podemos cometer erros, mas este é o preço que pagamos pela evolução. É com os erros que afinamos nossos sentidos, nossas habilidades e competências.

Isso é o que divide as corporações em dois grupos: as vencedoras (realizadoras, empreendedoras, líderes) e as conformadas (estagnadas, inertes, lentas e em última estância falidas).

Ser otimista é difícil. Você tem que se comprometer com a coisa, tem que depositar sua esperança em algo ou alguém, tem que apostar que vai ser possível e correr o risco de se frustrar e até mesmo de estar no alvo das gozações daquele pessoal que só faz criticar.

Ao contrário, ser pessimista é uma forma mais confortável de lidar com as coisas do nosso mundo, da nossa empresa e da nossa vida. Porque o pessimista não tem nada a fazer a não ser reclamar. Não tem que se comprometer. Não precisa agir. Mas para que não digam por aí que eu sou partidário, vejamos novamente o que o dicionário nos diz sobre esta palavra:

“Pessimismo: Disposição de espírito que leva o indivíduo a encarar tudo pelo lado negativo, a esperar de tudo o pior. Caráter das doutrinas metafísicas ou morais que afirmam a supremacia do mal sobre o bem e costumam levar à adoção de uma atitude geral de escapismo, imobilismo ou conformismo, quer seja o mal considerado a privação dos meios de conservação da vida (alimentação, abrigo, etc.), quer seja considerado a privação dos meios de expansão e desenvolvimento espiritual.”

Mais um pouco e o Aurélio ia dizer que o pessimismo é coisa do diabo! Mas não nos deixei cair na metafísica de novo, amém!

O Pessimista é escapista, ele se nega a lutar, se nega a agir. Foge. É covarde. É conformado. Pode parecer revoltado, mas é conformado, porque nada faz. Não tem propostas, não vê melhorias, apenas coloca-se na privilegiada cadeira de crítico ranzinza, de cara franzida, apontando os defeitos disso ou daquilo.

Pense: Você conhece alguém assim? E você? É pessimista ou otimista?

Volta e meia podemos ouvir alguém em tom escapista dizendo “eu não sou pessimista, sou realista!”, como desculpa para não ser confundido com um pessimista. Mas essa afirmação é completamente equivocada. Realista não é meio termo entre otimista e pessimista. Realista é quem acredita no que é real, tangível, seja bom ou ruim e ponto. É questão de fantasia e realidade.

Ou você tem atitude diante da realidade ou não. Só existem dois caminhos diante dos problemas: Ficar sentado reclamando, criticando, lamentando, ou fazer alguma coisa para mudar o quadro.

Se bem que, não escolher um lado, ignorar a questão, também é uma escolha… Pessimista, é claro!

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MICHAEL OLIVEIRA

Michael é Líder e Fundador do Instituto Brasileiro de Liderança. Atua em posições estratégicas há 20 anos, é especialista em gestão de negócios e já liderou equipes e empresas nas principais capitais do Brasil, em posições de C-Level.

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